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  • Foto do escritorLarissa Maluf

O DILEMA DAS REDES E A CAUSA ANIMAL

Documentário O Dilema das Redes traz reflexão sobre uso desenfreado das redes sociais nos dias atuais. Mas o que isso tem a ver com a causa animal?


O uso consciente das redes sociais pode beneficiar milhares de animais. (Foto: Trà My - Unsplash)

Lançado em setembro de 2020 na Netflix, o documentário O Dilema das Redes (The Social Dilemma) está entre as estreias mais comentadas e vem trazendo muita reflexão e debate. [1]


Por meio de depoimentos de ex-funcionários de big techs como Facebook, Google, Pinterest e Youtube, O Dilema das Redes mostra como a indústria da tecnologia pode usar os dados dos usuários no desenvolvimento e melhoramento das plataformas visando cada dia mais lucro e se tornando uma ameaça à saúde do usuário, sua autonomia e até mesmo uma ameaça à democracia, graças ao seu potencial de manipulação e indução de comportamento.


Não vou aqui me alongar nos detalhes dessa produção - até porque recomendo que assistam se ainda não o tiverem feito - mas em como o uso das redes sociais - de forma moderada e consciente - pode ajudar na conscientização sobre a causa animal.


Coloco isso pois não será incomum que muitas pessoas após assistirem o documentário abandonem suas redes. O filme é de fato, assustador, mas é importante pontuar também os progressos e benefícios que o surgimento das redes sociais trouxe direta ou indiretamente para os animais.


É nítido que, com a popularização de redes como Facebook e Instagram, ficou mais evidente e por que não dizer escancarada, a forma como os animais são tratados na nossa sociedade, seja na indústria da carne, do leite e muitas vezes envolvendo pets - que sensibilizam a maior parte da população.


A consequência desse tsunami de informação é uma maior atenção para a causa animal - que antes das redes sociais se mantinha mais restrita aos noticiários de TV, revistas e jornais impressos, que por sua vez pouco - ou quase nada - abordavam questões como os impactos negativos da pecuária no nosso planeta, possivelmente pelo grande número de anunciantes do setor.


Isso pode ser visto, por exemplo, no aumento expressivo de vegetarianos no Brasil. Uma pesquisa feita pelo IBOPE Inteligência em 2012 apontava que 8% da população brasileira se considerava vegetariana. A mesma pesquisa feita em 2018 mostrou um crescimento de 75%, no qual 14% da população - 30 milhões de pessoas - se considerava vegetariana. [2]



Em contraponto aos malefícios que as redes sociais podem trazer - como aborda o documentário na Netflix - podemos verificar nelas também uma importante ferramenta de conscientização, seja no âmbito dos aspectos negativos do consumo de carne, leite e derivados, na cobrança por leis mais severas contra crimes de maus tratos ou, por exemplo, na importância da adoção de animais - que hoje somam mais de 170 mil pets em busca de novos lares sob tutela de ONGs no país, número que não considera os milhões de cães e gatos abandonados nas ruas. [3]


Se - como o filme coloca - nós não pagamos para usar as redes sociais pois nós somos o produto, que possamos então tirar o melhor proveito desse status e usá-las de forma consciente para ajudar milhares de animais.



Larissa Maluf @larissamaluf






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