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  • Foto do escritorTaiara Desirée

GINECOLOGIA EMOCIONAL: BATE PAPO COM KAREEMI


Neste mês da mulher, nada melhor do que trazer um bate papo especial para nós, e para nos alegrar, Kareemi, criadora da Ginecologia Emocional, concedeu entrevista exclusiva ao Bloguesia. Confira abaixo!


Foto: Rafinha Pagliato.

Amante da Natureza, sempre tive uma grande vocação para o estilo de vida saudável e natural, embora tenha tropeçado algumas vezes durante as fases da vida, nunca deixei de buscar novos conhecimentos e práticas para o meu desenvolvimento humano. Com isso, venho me renovando a cada dia, descobrindo novos caminhos e me conectado com uma vida mais saudável, natural e compassiva.

Nestas pesquisas conheci a Kareemi, o seu incrível trabalho e história. Uma mulher que dedica a vida para transmitir amor próprio, autoestima e autoconfiança para outras mulheres.

Kareemi é escritora, palestrante, facilitadora da Saúde Emocional, mãe e autora do livro Viva Com Leveza. É praticante de meditação desde 2008 e já conheceu diversos tipos de práticas meditativas, tendo lançado o seu programa online Meditar21. Além disso, Kareemi é criadora da Ginecologia Emocional e propagadora da Ginecologia Natural.

O foco do seu trabalho é mostrar que o útero é o receptor das emoções femininas, um método que já transformou a vida de milhares de mulheres. E como estamos no nosso mês, pensei em trazer esse presente para nós, convidando a Kareemi para um bate-papo fantástico. Vamos conferir?!


Foto: Rafinha Pagliato.

BATE PAPO

TAIARA: Olá Kareemi, obrigada por aceitar o convite e por sua presença aqui no Bloguesia, seja muito bem-vinda. Para começarmos o nosso bate papo, conta-nos um pouco sobre você e o seu estilo de vida. Aproveitando, fala também sobre o seu nome, qual a origem e significado dele?

KAREEMI: Oi Taiara, eu que agradeço pelo convite e por poder colaborar de alguma forma com o Bloguesia. O meu estilo de vida anda um pouco perdido. Como eu me tornei mãe há três anos e isso mexe absolutamente com a nossa rotina, eu diria que eu não estou com o melhor estilo de vida hoje. A minha alimentação não é a das mais regradas, é até saudável, mas poderia estar melhor. A minha rotina de atividades físicas que é muito importante, principalmente, no meu caso devido a amputação, não anda tão bem e regrada, mas, em geral, sou adepta a atividades que dão prazer e que não me aceleram, como dança, Yoga, Pilates, uma caminhada no máximo, nada muito além disso. Então, ainda estou tentando colocar esse estilo de vida nos trilhos e melhorá-lo, principalmente na questão da alimentação. Kareemi é Sânscrito, pronuncia-se “Karími” e significa “generosidade”.

TAIARA: Como surgiu a ideia de criar esse novo conceito de autoconhecimento que você denominou ‘Ginecologia Emocional’? E qual a filosofia desse método que vê o útero como receptor das emoções femininas?

KAREEMI: A Ginecologia Emocional nasceu sem pretensão de nascer =) Eu precisei buscar alternativas para resolver um problema que eu tinha nos ovários, que é muito comum hoje nas mulheres, a S.O.P [Síndrome dos Ovários Policísticos]. Eu tomava pílula durante 16 anos, que segundo os médicos era o único tratamento, mas eu comecei a perceber que não era um tratamento, porque o tratamento “trata o problema” e a S.O.P. nunca era resolvida com a pílula, todas as vezes que eu parava com a pílula, eu tinha muitos efeitos no corpo, no humor, minha TPM piorava, então eu cheguei a um questionamento: “O que eu poderia fazer que realmente resolveria a SOP, e não que camuflaria os sintomas dela?” Que era o que a pílula fazia. E aí eu me conectei a muitos trabalhos ligados a Ginecologia Natural, a Ancestralidade Feminina, e como eu sempre fui apaixonada e trabalhava com saúde emocional, eu passei por uma revolução quando eu entendi qual era a real origem emocional da SOP e de muitos outros problemas ginecológicos que as mulheres sofrem. Isso foi em 2013, mas eu já era palestrante motivacional e nessa minha busca, nessa revolução que eu vivi entendendo sobre o meu corpo, sobre como o útero é o receptor das emoções femininas, eu achei que era meu dever criar um trabalho para conscientizar as mulheres de que qualquer tratamento, inclusive os naturais, tornam-se paliativos, se nós não identificarmos a origem emocional para curar a dor ou o comportamento que vem desencadeando a irregularidade ginecológica. E aí nasceu esse nome, que é muito claro e explica muito o que é o trabalho, Ginecologia Emocional, porque a ginecologia, de fato, é emocional.


TAIARA: Como as mudanças de hábitos ginecológicos e pessoais diários podem melhorar nossa saúde física, nossas emoções e comportamentos?

KAREEMI: Como eu tive que buscar em muitas fontes tudo o que eu compreendi e vivi no meu corpo, na minha vida e que revestia o meu problema, com base em tudo o que eu conheci, eu precisei desenvolver um passo a passo para as mulheres não precisarem buscar em tantas fontes diferentes como eu fiz. Esse passo a passo é um Workshop Online de Ginecologia Emocional onde eu ofereço, entre um dos módulos, práticas e hábitos ginecológicos que a mulher passa a usar no seu dia a dia e que já vão, por exemplo, ajudar a reduzir o seu fluxo menstrual, a perceber quais mulheres ela é durante o mês, porque nós somos 4 mulheres diferentes, isso tem a ver com o nosso ciclo menstrual e com a influência da lua no céu, além de outros que eu cito e explico dentro do Workshop e que têm a função não só de ela ver o resultado no corpo no dia a dia, no humor, na disposição dela, mas a rotina desses hábitos abrem campos mais sutis, como a intuição, por exemplo, e acaba trazendo a nós mulheres insights sobre o que a gente tá vivendo, o que é que tá desencadeando, por exemplo, uma candidíase crônica. É um trabalho que embora seja de conhecimentos para o autoconhecimento da mulher, mexe com campos muito sutis. É por isso que eu digo que é uma transformação o que esse trabalho oferece, que foi o eu vivi. Porque transformou completamente a minha visão sobre mim mesma, e o primeiro ponto que foi transformado, foram os meus relacionamentos, porque quando uma mulher se reconecta com o feminino dela e entende tudo isso que a Ginecologia Emocional traz, ela passa a se relacionar com ela de outra forma, com mais amor próprio, mais autoestima, mais autoconfiança e isso naturalmente vai reverberar nas relações dela.


Foto: Olimpia Geaboc

TAIARA: Que fantástico, um trabalho incrível mesmo. Agora fala um pouco sobre a parte que envolve a “sustentabilidade íntima” e como ela é importante para as mulheres.

KAREEMI: A sustentabilidade feminina vem de nós entendermos que os absorventes descartáveis além de poluir a Mãe Terra, porque eles levam em média 600 anos para se decompor, ou seja, o primeiro absorvente lançado no mundo continua aqui ainda e só tá acumulando, além de a gente colaborar com a sustentabilidade, com a Natureza e com todo esse lixo que a gente tá jogando no Planeta, ela ajuda muito na saúde ginecológica. Muitas mulheres não sabem, mas os absorventes descartáveis possuem muitas toxinas que fazem mal à saúde ginecológica, como também dioxina e amianto, que são substâncias muito tóxicas e cancerígenas, embora a indústria não fale eles estão nos absorventes. Então, quando a mulher passa a usar o coletor menstrual ou um bioabsorvente que é feito 100% de algodão e reutilizável, ou uma calcinha menstrual que também é reutilizável, ela não só ajuda o planeta como também à própria saúde ginecológica. Não é à toa que muitas mulheres têm alergia aos absorventes descartáveis. Embora a gente pense: “Nossa, mas isso é nojento”, “Nossa, vou usar paninho igual a antigamente?”. Não, a gente precisa entender que a indústria criou um produto com o apelo de que aquilo era higiênico, mas era porque ela queria vender, pois o sangue menstrual é limpo, não é sujo. Aliás, um dos motivos de muitas mulheres acharem que a menstruação cheira mal, é porque o contato do sangue com o absorvente cria uma reação química que provoca esse odor, mas as mulheres que já usam coletor ou alguma outra alternativa, já sabem que esse odor não existe. O sangue menstrual é rico, é puro, inclusive ele é um biofertilizante. Muitas mulheres adotam hoje um ritual milenar que é “Plantar a Lua”, que significa devolver nosso sangue menstrual para a Terra. Pegar o coletor ou a água que você deixou o bioabsorvente ou a calcinha reutilizável de molho e regar as plantas. Imagine que esse sangue era um óvulo que não foi fecundado, era para virar um ser humano. Quantos nutrientes isso não tem? E as plantas realmente agradecem. Parece uma loucura para quem nunca ouviu falar disso, mas é só dá uma pesquisada sobre ‘como plantar a lua’ para entender melhor e perceber que, até nisso, não utilizar os descartáveis ajuda, porque depois que você colocou o sangue em contato com o descartável, ele já contaminou e não pode mais ser usado como um fertilizante.


Foto: DRS Photography

TAIARA: Como a Ginecologia Emocional vê os contraceptivos industrializados e a laqueadura?

KAREEMI: A Ginecologia Emocional segue a linha da Ginecologia Natural sobre contraceptivos industrializados e laqueadura. Eu tenho alguns estudos de caso com algumas mulheres que tem uma visão emocional e o que eu digo é o seguinte: Não existe nenhuma contracepção 100% eficaz quanto a natural, com o consciente, que é você conhecer o ciclo. Acontece que há muitos anos, tiraram esse autoconhecimento nosso, e um dos papeis do meu trabalho dentro do workshop é ensinar as mulheres a conhecer o ciclo e a fazer a contracepção natural, de forma consciente. Isso não dispensa contraceptivos industrializados, porque a camisinha é industrializada, então, nos dias férteis a mulher vai usar a camisinha ou um diafragma, que também é um industrializado e muito indicado pela Ginecologia Natural. Mas não existe necessidade de uma laqueadura ou de colocar um DIU dentro do útero o tempo todo [que causa problemas e efeitos colaterais], se nós podemos conhecer o ciclo, viver as nossas fases e ter o nosso sistema fluindo como nós precisamos, porque isso é saudável, é a nossa natureza!


Foto: Instagram @ginecologiaemocional

TAIARA: Você também é escritora e o seu livro ‘Viva com Leveza’ já está na terceira edição. Fala um pouco sobre ele e o que as leitoras podem encontrar nas páginas dessa obra.

KAREEMI: É um livro de autoajuda, de desenvolvimento humano e que está ligado à minha história de vida, que não é só a Ginecologia Emocional. Há 7 anos eu sofri um acidente muito grave, perdi o braço direito e ali eu tive um momento de renascimento com muita aceitação e com muita consciência sobre o meu papel, o meu trabalho. Eu era uma jornalista workaholic, maluca, que comunicava coisas que nem sempre eram bacanas para as pessoas e eu já estava pedindo para a vida me mostrar como eu poderia utilizar a minha comunicação a favor de algo bom. E o livro é como se fosse um manual sobre viver nessa vida. Porque o tempo todo vão acontecer fatos inesperados, situações que nós não planejamos. O tempo todo nós temos que trabalhar a resiliência, a aceitação, o improviso, a criatividade, para a gente realmente conseguir viver com leveza. Então eu falo de diversos assuntos, de muitas coisas que acontecem ao longo da vida, desde você viver uma traição até você olhar para os seus relacionamentos, como trabalhar a sua autoestima, seu amor próprio e a sua autoconfiança, como superar situações que você acha que não vai conseguir superar, e a cada capítulo eu dou um exercício, uma prática que vai firmar essa nova perspectiva sobre os fatos ruins que acontecem ao longo das nossas vidas. Inclusive eu ofereço para todos os leitores o acesso a um curso online que é chamado “Viva sem ansiedade”. A ansiedade é o grande mal do século, que desencadeia tantas Síndromes modernas, então o leitor pode acessar esse curso online durante 30 dias depois que ele se cadastra no site onde o curso está hospedado. É um livro que tem crescido muito organicamente, tem trazido muitas pessoas novas em contato com esse trabalho, e os feedbacks que eu tenho recebido têm sido muito realizadores para mim, porque quando eu pensei em escrever ele, eu disse: "Quero fazer um livro que a pessoa não vai querer emprestar pra ninguém, ela vai querer esse livro do lado dela pro resto da vida; mas ela vai querer presentear os amigos com esse presente que é esse livro". Então eu fico muito feliz em poder colaborar com tantas pessoas e como o livro tem conseguido e alcançado isso.


Foto: Olimpia Geaboc

TAIARA: Por fim, qual mensagem você gostaria de deixar para o mundo?

KAREEMI: Eu acho que já estou plantando a semente dessa mensagem no mundo. A gente lembrar que a gente precisa cuidar do nosso autoconhecimento, olhar para aquilo que os nossos olhos não alcançam, perceber como são as nossas emoções, como nós nos comportamos, quais são os comportamentos que nós estamos tendo e por que que a gente anda repetindo ciclos que não são legais para nós. A gente só pode viver em paz, com leveza e plenitude se nós estivermos dispostos a olhar para coisas que nem sempre são fáceis, mas são compensadoras. Nós precisamos lembrar que tudo o que acontece tem óticas diferentes e o que eu ofereço é uma ótica positiva a favor da vida das pessoas para que todos vivam bem, em comunhão com essa beleza e dádiva que é essa vida muito doida (muito doida!).


Foto: Instagram @ginecologiaemocional

O livro pode ser encontrado nas grandes redes de livrarias do Brasil e na Amazon.com.br.

Adorei o bate papo de hoje e também publiquei uma versão em vídeo-áudio para vocês escutarem todas as respostas da Kareemi pela sua própria voz, é só dá para play para conferir!


Confesso que essa entrevista me tocou bastante e me despertou ainda mais para a minha natureza humana.

Gratidão à Kareemi por ter compartilhado aqui conosco um pouco da sua riqueza de conhecimentos e história de vida.

Para acompanhar o trabalho da Kareemi, fazer o Workshop Online e ficar por dentro de tudo que ela compartilha, basta segui-la nas redes socias - @ginecologiaemocional e @kareemi_oficial.

Uma vida com muito mais leveza para todos nós.

Um super beijo e até mais!

Taiara Desirée

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