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Foto do escritorMurilo Meireles

SOJA, SAÚDE E MEIO AMBIENTE: UMA ANÁLISE DAS DIVERSAS NUANCES DO CONSUMO DE SOJA

Por que há tanta controvérsia acerca desse alimento milenar?



O consumo de soja como alimento, seja na forma de grãos, edamame, tofu, leite de soja ou preparações fermentadas como tempeh é comum na culinária oriental. Já no ocidente seu consumo é muito menos frequente, seja por questões culturais, seja pelas dúvidas quanto a possíveis impactos negativos que esse alimento pode ter na saúde humana.


Grande parte dessa controvérsia e até mesmo temor, deve-se à presença de fitoquímicos específicos, as isoflavonas, que por sua semelhança química com hormônios femininos, como o estrogênio, são denominados fitoestrógenos. Por serem semelhantes a hormônios humanos aventou-se a possibilidade de que pudessem atuar como disruptores edócrinos (substâncias exógenas que alteram funções do nosso sistema endócrino, consequentemente causando efeitos adversos).


Os temores dos efeitos negativos da soja ganharam força na década de noventa, quando estudos realizados em animais, sobretudo roedores, demonstraram efeitos deletérios dos fitoestrógenos. Subsequentemente, estudos demonstraram haver importantes diferenças no metabolismo de isoflavonas nos organismos de roedores e humanos, tornando a extrapolação desses resultados inviável. Mesmo assim a controvérsia permanece.



Para tentarmos sanar essas dúvidas primeiramente precisamos compreender o que são os estrógenos.


Estrógenos são hormônios derivados do colesterol com ampla influência em nosso organismo: regulam o sistema reprodutor, masculino e feminino, influenciam no metabolismo de células do tecido mamário, crescimento e remodelamento ósseo, metabolismo de lipídios, regulam a vasodilatação dentre outras funções. Em nível celular estãorelacionados à proliferação, diferenciação e longevidade. Esses hormônios agem principalmente por meio da ligação com receptores específicos denominados RE-⍺ e RE-β, presentes em diferentes proporções em diferentes tecidos. Cada um possui uma função específica e frequentemente antagônicas.


De uma forma geral os receptores β estão associados a efeitos benéficos dos estrógenos: manutenção da massa óssea, proteção vascular, ação anti-tumoral. As isoflavonas são os fitoestrógenos mais comuns na soja, e atuam sobre esses mesmos RE, possuindo maior afinidade pelos receptores β (efeitos benéficos). As isoflavonas também competem com estrógeno produzido pelo nosso organismo, desencadeando reações que reduzem a ação e diminuem a concentração de estrogênios na circulação (efeito anti-estrogênico). Esses podem ser mecanismos pelos quais os fitoestrógenos exercem efeito protetor contra alguns tipos de cânceres.


Uma vez compreendidas essas bases conceituais, nos próximos parágrafos mergulharemos mais a fundo nas evidências e estudos relacionando soja e saúde humana.





Soja e a saúde do homem:


Talvez o tema de maior controvérsia envolvendo a soja. Poderia um alimento com substâncias semelhantes a hormônios femininos, ser consumido por homens? Mitos como feminização, impotência sexual e perda de libido relacionados ao consumo de Soja praticamente excluem esse alimento da dieta dos homens. Esse temor foi fomentado por alguns daqueles estudos iniciais, que demonstraram que isoflavonas poderiam aumentar o risco de disfunção erétil em roedores.


Contudo esse estudo foi extremamente limitado, em primeiro lugar apenas uma das isoflavonas presentes na soja foi utilizada, e em uma dose extremamente elevada (excedendo em muito o consumo de produtos de soja, mesmo em populações asiáticas, que consomem mais esse alimento) e também devido as importantes diferenças na metabolização desses nutrientes, quando comparados ratos e humanos. Outro estudo que poderia confundir leitores desavisados foi um estudo de caso-controle que avaliou a influência do consumo de Soja no sêmen de 99 homens. Como resultado, notou-se uma redução na concentração de espermatozóides, porém isso decorreu de um aumento no volume ejaculatório e não de uma redução no número de espermatozóides, consequentemente não determinando queda de fertilidade.


Meta-análise que avaliou 32 estudos, incluindo 15 de intervenção com grupo controle e placebo, com o objetivo de avaliar os efeitos do consumo de isoflavonas nos níveis sanguíneos de Testosterona, Testosterona livre e SHGB, concluiu que o consumo de isoflavonas e/ou de proteína de soja não exerce influência nas concentrações sanguíneas desses parâmetros nos homens.



Soja e câncer de próstata:


Estudos laboratoriais demonstram a presença de receptores de estrogênio β (RE β) em linhagens de células de câncer de próstata. O estímulo desses RE leva a menores taxas de proliferação celular e invasão, além de ativar a apoptose (morte celular programada), diminuindo o número de células cancerígenas. Os RE β são alvos preferenciais dos fitoestrógenos presentes na soja, sendo potencial via de ação para seus efeitos benéficos na prevenção do câncer de próstata (CP).


Estudos em roedores demonstraram que isoflavonas presentes na soja, em concentrações sanguíneas similares às atingidas pelo consumo de uma dieta rica em soja, reduzem a proliferação de células cancerígenas, aumentam a apoptose e reduzem os índices de metástases, aumentando a sobrevida de ratos tratados com isoflavonas.


Estudos clínicos em humanos já demonstraram a segurança do uso das isoflavonas (mesmo em concentrações muito superiores às atingidas em uma dieta rica em soja). Estudo randomizado com grupo controle avaliou o uso de ginesteína (isoflavona) em pacientes com CP localizado e a expressão do mRNA MMP-2 (marcador associado a invasão celular e pior desfecho da doença). No grupo que recebeu o a ginesteína houve redução de 76% da expressão do MMP-2. Outros estudos clínicos demonstraram que o uso da ginesteína está associada a redução no nível de PSA (marcador de evolução do câncer de próstata).


Duas metanálises ( total de 7 coortes e 14 casos-controle) encontraram associação negativa entre o consumo de Soja e o risco de câncer de próstata, com uma redução de até 30% no risco.





Soja e saúde feminina:


A controvérsia em relação à soja não se restringe ao seu consumo por homens, há aqueles que temem as possíveis influências dos fitoestrógenos no organismo feminino. Evidências clínicas indicam não haver impacto nos níveis de hormônios reprodutores em mulheres, relacionado ao consumo de soja. Quanto a alteração na duração dos ciclos menstruais as evidências ainda são incertas, porém indicam que o consumo de soja e isoflavonas determina pequeno, porém estatisticamente significativo, aumento na duração dos ciclos. Importante ressaltar que ciclos menstruais mais longos, são fator protetor para o Câncer de mama.


Em relação à fertilidade: pequeno estudo em pacientes que receberam fitoestrógenos como complemento ao tratamento padrão de infertilidade houve maiores taxas de gravidez. Vale destacar ainda estudo que avaliou a substituição de proteína animal por proteína vegetal em 18555 mulheres. Como resultado o consumo de proteína vegetal associou-se a menor risco de infertilidade ovulatória.



Soja e osteoporose:


Na pós-menopausa é comum que haja perda da densidade óssea, osteopenia ou até mesmo osteoporose. Devido aos riscos da terapia de reposição hormonal (aumento do risco de câncer de mama e de endométrio ao longo prazo), o uso de substâncias naturais para combater alterações da menopausa é constantemente investigado. Experimentos in vitrodemonstraram que as isoflavonas (fitoestrógenos) estimulam a ação dos osteoblastos e inibem a ação dos osteoclastos, contribuindo para a manutenção da massa óssea.


Estudos experimentais em roedores para a avaliação de perda de massa óssea na pós-menopausa consistentemente demonstram efeitos protetores da proteína de soja e isoflavonas. Estudos epidemiológicos realizados na China e Japão mostraram que mulheres na pós-menopausa que consomem mais alimentos derivados de soja, com altas concentrações de isoflavonas, tem maiores densidades ósseas na coluna vertebral, quando comparadas com mulheres que consomem menos soja.


Estudo de intervenção, duplo-cego, randomizado e com placebo, avaliou a influência do consumo diário de 500 ml de leite de soja rico em isoflavonas (LS), uso de creme com estrogêneo (CE), LS + CE e placebo. Oitenta e nove (89) mulheres na pós-menopausa e com fatores de risco para osteoporose foram acompanhadas por 2 anos. Como resultado, o consumo de LS evitou a perda óssea na coluna lombar, enquanto o CE apenas reduziu a velocidade de perda óssea. A combinação CE + LS resultou em interação negativa, levando a maior perda óssea comparada com os tratamentos isolados, porém menor perda quando comparada ao grupo placebo. Outro estudo realizado na Austrália comparou os efeitos do consumo de leite de soja fortificado vs. leite de vaca em mulheres na pós-menopausa e com osteopenia. O estudo demonstrou biodisponibilidade similar, com frações de cálcio absorvidas equivalentes nos dois grupos.


Sendo assim, a soja pode ser consumida com segurança como um substituto do leite de vaca, fornecendo não só a quantidade de cálcio necessária como atuando na prevenção de perda de massa óssea, sem os diversos efeitos negativos do consumo de leite de vaca.





Soja e Câncer de mama:


Três longos estudos avaliaram um total de 9514 pacientes com câncer de mama (CM), por um período médio de 7,4 anos. No grupo com maior ingestão de isoflavonas, os riscos totais de mortalidade, mortalidade específica por CM e recorrência, foram reduzidos respectivamente em 13%, 17% e 25%, quando comparados com os integrantes do grupo com menor ingestão.

Estudo de coorte projetado para avaliar a influência do consumo de soja na mortalidade e recorrência em mulheres com CM avaliou 5042 participantes por um período médio de 3,9 anos. Como resultado, foi observada uma relação inversa entre o consumo de proteína de soja/ isoflavona e mortalidade ou recorrência da doença.


Metanálise de 5 estudos de coorte (11206 pacientes) chegou à conclusão que consumo de alimentos à base de soja está associado a menores riscos de morte pelo câncer e recorrência da doença. Outra metanálise, esta de estudos epidemiológicos avaliou 27 publicações que investigavam a associação do consumo de soja e o desenvolvimento de CM. Concluíram que o maior consumo de soja está associado a um menor risco de câncer.


Baseado nessas diversas evidências, em 2012, o Instituto Americano de Câncer e a American Cancer Society declararam que pacientes com CM podem comer produtos de soja de forma segura.



Soja e tireoide:


Não existem evidências que suportem que soja e suplementos de isoflavonas afetem negativamente indivíduos com função tireoidiana normal e com níveis normais de iodo. Destacando estudo randomizado, duplo-cego, placebo-controle, com 138 mulheres na pós-menopausa, acompanhadas por 3 anos. Nesse estudo o consumo de suplementação de isoflavona, na forma de ginestein, não afetou os níveis de T3, T4 e anticorpos anti-TPO. Adendo deve ser feito aos indivíduos que já possuem hipotireoidismo e fazem uso da medicação levotiroxina. Nesses casos a soja, como diversos outros alimentos, pode prejudicar a absorção da medicação, o que pode ser facilmente evitado, distanciando o consumo do alimento do uso da medicação.



Evidências mais recentes:


Metanálise recém-publicada (27/03/21) fez uma extensa revisão das evidências com o principal objetivo de investigar se a soja e as isoflavonas poderiam atuar no organismo humano como disruptor endócrino. Na metanálise foram apenas incluídos estudos clínicos, observacionais e metanálises, limitando a estudos realizados em humanos, totalizando 417 publicações elegíveis. Os resultados desse estudo corroboram com os de estudos anteriores como os supracitados, demonstrando não apenas a segurança, mas também potenciais benefícios relacionados ao consumo de soja.





Até então muito aqui foi discutido a respeito dos fitoestrógenos, porém o que dizer da Soja transgênica?


Organismos geneticamente modificados (GMO) são vegetais, animais e microorganismos cujo material genético foi alterado, de uma forma que não ocorre na natureza. A soja transgênica é um exemplo, correspondendo a maior parte da soja produzida no Brasil e no mundo (83 e 75%). Embora as empresas que desenvolvem os GMOs aleguem uma bioequivalência entre a espécie modificada e a espécie natural, não existe uma legislação específica para certificação, diferentemente de componentes químicos novos, como pesticidas e aditivos usados em alimentos, os GMOs não são submetidos a testes bioquímicos e toxicológicos. Resumidamente, não sabemos ao certo os efeitos ao longo prazo do consumo de alimentos GM.

No caso da soja, o principal melhoramento genético realizado confere maior resistência aos pesticidas, como o glifosfato (GF). Assim a soja tolera maiores doses de pesticida o que possibilita sua aplicação direta sobre a plantação. Cerca de 80% dos grãos GM tem como única alteração genética modificações que conferem maior resistência a pesticidas, nada surpreendente, visto que as 5 maiores empresas de biotecnologia, são também produtoras de pesticidas.


Estudo comparou os resíduos de GF em grãos de soja GM, soja não GM com uso de agrotóxicos e soja orgânica. Como resultado foram encontrados resíduos de GF apenas na soja GM, níveis de 0,4-8,8 mg/kg. No Brasil, até 2004 o nível residual máximo (NRM) permitido de GF na soja era de 0,2 mg/kg. O aumento progressivo de resíduos de agrotóxicos nos vegetais foi contornado de forma simples, aumentando-se o valor do NRM, que no Brasil passou de 0,2 para 10 mg/kg.


Sendo assim, a preocupação quanto à soja transgênica é fundamentada, em especial pela concentração de resíduos de pesticidas, mas esse não deve ser argumento para consumir proteína animal em seu lugar. Devido ao fenômeno de bioacumulação, a cada nível da cadeia alimentar, substâncias tóxicas contaminantes se concentram mais.


Portanto, a concentração de contaminantes na carne, leite e outros produtos derivados de animais, que são alimentados com soja transgênica, será sempre maior do que a do grão.



Não faltam evidências dos benefícios e segurança do consumo de soja para a saúde humana, porém, ao consumir soja, não estaremos colocando nossos ecossistemas em risco, uma vez que sabemos das gigantescas monoculturas de soja e seus impactos negativos no meio ambiente?


Vejamos: de toda a soja produzida no mundo, apenas cerca de 6% é utilizada diretamente como alimento por humanos (na forma de tofu, leite de soja, dentre outros) e 7% é utilizada diretamente como alimento para animais. Cerca de 87% de toda soja colhida é processada, tendo como principais subprodutos o óleo (19%), cuja maior parte é utilizada como alimento para humanos e o farelo (81%) que é utilizado majoritariamente como matéria-prima para ração de animais de consumo (cerca de 99% do farelo).


Para exemplificar, vejamos alguns números: em 2013 nos EUA, maior produtor de soja do mundo, 73 milhões de acres foram utilizados para o cultivo de soja. Dessa área, 94% corresponde ao plantio de espécies geneticamente modificadas, em oposição a apenas 0,17 % de soja orgânica. 70% dos grãos produzidos foram utilizados como alimento para "animais de consumo” (em especial aves e porcos, mas também na indústria do leite e da carne). Apenas cerca de 15% foi utilizada como alimento para humanos, a maior parte na forma de óleo. Avaliando esses dados, fica claro que o consumo humano de produtos de soja é muito pequeno relativo à toda soja produzida e seu impacto ambiental é ínfimo quando comparado à toda soja utilizada na indústria de produtos de origem animal.




Amantes de tofu, tranquilizem-se, a ciência está do nosso lado. Sempre que possível opte por soja orgânica e desfrute com segurança a riqueza culinária da soja e seus benefícios à nossa saúde, tendo também a tranquilidade de saber que não estamos contribuindo de forma significativa para o desmatamento de florestas.


Considere o veganismo: pelos animais, pela saúde e pelo planeta.


Dr. Murilo Vieira Meireles

CRM-SP 215645

Instagram: @murilo_meireles



Referências:


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